O inesperado

Acordou agoniada. Alguma coisa estava errada. Alguma coisa se tinha transformado e agora senti um peso maligno no coração, mas, Denise não sabia de onde vinha aquela angustia e aquele tal peso maligno que a dominava completamente. Será que seria o bebe que Denise trazia no seu ventre? Seguidamente acorda William, o seu namorado, preocupado com Denise. Ambos sem saber o que fazer, olhando-se olhos nos olhos cada vez mais arregalados, até que William não aguenta e pergunta:
- Então amor, que se passa? Acordas-te num sobressalto…
- Tive um pesadelo… - Tentava-se explicar Denise.
- Sim… - Adiantou William.
(silêncio)
- …um pesadelo, muito mau…
- Calma amor, já passou, foi só um pesadelo – Diz William fazendo-lhe miminhos nas bochechas.
- Mas amor, estava-mos aqui os dois, a dormir, e acordava-mos da mesma maneira que o fizemos, e depois disse-mos exatamente as mesmas palavras. Mas depois, a casa começava a estremecer – E ouviu-se um estrondo.
William abraça Denise, e dá-lhe um beijinho na testa.
- E depois – continua Denise – havia algo do género de um terramoto e as paredes começaram a rachar e a cair por cima de nós. Não nos restou tempo para fugir… - outro estrondo ainda maior, as paredes tal como Denise referia, começaram a rachar.
William abraça novamente Denise, desta vez com mais força e tapa-a com os seus braços protetores, e deita a cabeça dela no seu peito.
- Denise, quero que saibas, que és, foste, e serás a mulher da minha vida, juro! – confessou William.
- William, independentemente de eu morrer aqui e agora, eu amo-te eternamente!
Ali morreram. No dia seguinte foram encontrados os dois corpos, abraçados, com graves ferimentos. Não morreram só os dois, mas sim, os três, o bebé não escapou!

Autor(a): Isabella Almeida

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